Dentro do segmento Varejo praticamente todas as histórias de empreendedorismo e constituição dos Supermercados vem de longa data e muito trabalho, batalhas e sacrifícios familiares. As mais comuns formas da constituição dos atuais negócios surgiram de um açougue, um bar, uma padaria, uma quitanda e outras formas de pequenos comércios que formaram os hoje Supermercados.
Há de se respeitar muito toda essa história e reconhecer que o esforço coletivo de todo esse conjunto familiar resultou no que se tem hoje, como patrimônio e como instituição empresarial. Uma das grandes questões que se pondera sobre as instituições familiares é quanto ao crescimento do grupo e como será organizada as novas formatações de trabalho, atribuições de responsabilidades e distribuição de resultados. Esse na verdade é o desafio das empresas familiares: Manter a unidade e o equilíbrio entre todas as partes.
Naturalmente a busca de garantir seu espaço dentro da estrutura torna-se uma realidade, cada novo núcleo que é formado tenta de maneira (e deveria ser assim) justa e correta realizar atividades de relevância e garantir sua presença nas posições de tomada de decisão da empresa. O melhor cenário seria uma distribuição horizontal, com relevância de opiniões equivalentes e também alocação a cargos por competências técnicas e comportamentais mediante as atividades a serem realizadas. Mas existem várias questões a serem levantadas nesse novo momento.
A empresa comporta a alocação de todo grupo familiar em sua estrutura?
Os componentes familiares estão preparados para assumir posições e cargos de relevância dentro da empresa?
Todos estão preparados para administrar egos e vaidades quando existem diferenças entre características de trabalho e expertise de trabalho entre os membros?
A empresa tem estrutura ordenada para gerir as diferenças?
É de domínio da empresa realizar as apurações de resultados e dar clareza e transparência sobre os fatos ocorridos a todos os interessados e membros do grupo familiar?
Essas são somente algumas questões que são postas à prova todos os dias nas empresas familiares. Um desafio constante onde é preciso que pessoas com maior capacidade de gerir todas essas variáveis devem se posicionar na dianteira do grupo e agir como um verdadeiro líder.
Um caminho muito válido é uma imersão em educação corporativa para equilibrar os conceitos e entendimentos de todo um conjunto para ver todos da mesma maneira, com opiniões individuais e chegarem a acordos coletivos.
O que não pode ocorrer é a falta de sinergia do grupo familiar colocar as operações e tudo que se construiu ao longo de muitos anos e esforços em riscos por falta de saber lidar com essa modalidade de empresa. Empresa familiar.
Por hoje é só. Grande abraço.
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